sexta-feira, 12 de outubro de 2018

“A grande mãe e os pequeninos”





                                                
                                                                                 Crianças quilombola e indígena


Hoje se comemora o dia da Grande Mãe e de seus filhos pequeninos, que independente da cor ou de raça, são todos iguais, porque são humanos. Crianças que precisam ser amparadas em seus lugares de origem. Como afirmava São Francisco de Assis que “Todos os seres são iguais, pela sua origem, seus direitos naturais e divinos e seu objetivo final”.


Conhecendo um pouco, da história de vida dos povos indígenas, sei da fome que ameaça seus territórios. O mesmo ocorre nos quilombos afetados pelo plantio de eucalipto, onde tudo que se planta, pouco floresce. Vivem sempre a incerteza do que colherá, para matar a fome, nos dias que se seguem. Portanto, reconhecer o direito a terra onde vivem esses povos, é lançar o olhar a milhares de crianças e jovens, é protegê-los da fome, é ser amoroso e generoso para com a vida e com o meio ambiente.


Ao escolher alguém para dirigir esse país, essa nação, é de suma responsabilidade nossa, pensar naquele que melhor representa os desprovidos; os despossuídos, os que passam fome. E os povos originários vivem sempre essa condição vulnerável e de miserabilidade, imposta por aqueles que mais têm e, ainda assim, os ameaçam publicamente, como temos acompanhado nos discursos políticos de certo candidato.


Portanto, sejamos amorosos, nas nossas escolhas, para representante do nosso povo, do nosso país, sejamos franciscanos: “Peço a todos [e todas] que me ouvis que, ao sairdes daqui, não vos mostrais desinteressados pela luz do coração. Procurai, na sequência das horas, melhorar em todos os sentidos e anular o mal que ainda existe em cada um de nós, como princípio de ajuda ao Bem que deseja entrar em nossos corações”.


Zélia Siqueira – formada em jornalismo (FAESA) e artes (UFES), é fotógrafa, escritora, poeta e pintora.

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